domingo, 10 de abril de 2011

Jefferson e Felipe: rivais afinados nos elogios e nos pênaltis


Desde 2007, quando deram início à sequência de decisões em âmbito estadual, Botafogo e Flamengo tiveram como protagonistas artilheiros como Obina e Loco Abreu. Mas ao mesmo tempo, os goleiros tiveram papel de destaque. Neste domingo, Jefferson e Felipe serão algumas das principais peças das duas equipes que se enfrentam ainda buscando uma vaga na semifinal da Taça Rio. Seja com bola rolando ou depois dos 90 minutos, as cobranças de pênalti foram uma constante nos clássicos entre Botafogo e Flamengo nos últimos quatro anos. Foi dessa forma que o Rubro-Negro sagrou-se campeão em 2007 e em 2009, ainda com Bruno (hoje preso por suposta participação no desaparecimento de Eliza Samúdio) no gol. No ano passado, Jefferson defendeu uma cobrança de Adriano no segundo tempo da final da Taça Rio, garantindo o título antecipado do Carioca ao Alvinegro. Na semifinal da Taça Guanabara de 2011, Felipe defendeu duas cobranças, dando a vitória ao Rubro-Negro. Jefferson e Felipe estarão mais uma vez frente a frente neste domingo. Apesar da crescente rivalidade entre as duas equipes, o clima entre os dois goleiros é, antes de tudo, de cordialidade. No entanto, a admiração recíproca ficará de lado durante 90 minutos neste domingo. O goleiro do Alvinegro admite que a semana que antecede uma partida contra o Flamengo merece uma preparação diferente. Afinal, além de precisar estar no melhor de sua forma, ele sabe que seus companheiros terão uma dificuldade a mais por estarem diante do número 1 adversário. - Enfrentar o Flamengo não é mais um jogo. É aquela partida na qual todo jogador gosta de estar. Procuro me preparar mais para os clássicos, me concentrando ao máximo nos treinos e relaxando muito quando eles terminam. É importante conter a ansiedade - disse. Goleiros destacam qualidades do rival Jefferson costuma dizer que a classe dos goleiros é muito unida, tamanho o sacrifício diário nos treinos e a pressão sofrida nas partidas. Assim, antes de a bola rolar, Felipe deixa a rivalidade de lado e destaca toda a sua admiração pelo goleiro da Seleção Brasileira. - É um duelo especial, com um goleiro de nível de Seleção. Sem dúvida é o melhor do país na atualidade. Temos de caprichar para fazer gol. Um dos comentários que fiz na disputa de pênaltis contra o Botafogo, na semifinal da Taça Guanabara, era que tínhamos de forçar ao máximo as cobranças para que ele não defendesse - observou. O goleiro do Botafogo também destacou as virtudes de seu adversário, dentre as quais o poder de recuperação depois de uma passagem conturbada pelo Braga, de Portugal, se destacando na equipe do Flamengo desde o início de 2011. - Muitos talvez fecharam o cerco para o Felipe. Ele teve personalidade e profissionalismo para chegar ao Flamengo e se manter em boa fase. Merece todo o meu respeito, pois é um grande goleiro. Clássico entre Botafogo e Flamengo é sinal de pênaltis Felipe e Jefferson sabem que quando um duelo se aproxima, é grande a possibilidade de haver cobranças de pênalti. Como é algo estatisticamente comprovado, os dois goleiros se preparam de forma diferente. Até mesmo antes de disputar seu primeiro clássico, o goleiro rubro-negro já tinha a noção do que poderia esperá-lo. - Passei a semana toda da semifinal ouvindo isso. Meu pensamento era de que teria de ir bem, porque o Bruno defendia pênaltis, Jefferson é bom pegador, e nos últimos anos sempre se decidia assim. Para o goleiro que está em campo, sempre tem essa pressão a mais no clássico. No meu primeiro pude ser feliz. Espero que não haja pênaltis no domingo, mas se tiver, que eu possa defender - afirmou Felipe. Jefferson, que venceu o duelo com Adriano na final da Taça Rio de 2010, também garante estar pronto para duelar com Ronaldinho neste domingo, separado por 9,5 metros. - Todos os jogos do Flamengo são televisionados. Então, é possível conhecer os batedores. Assim é possível entrar mais preparado. Não tem jeito: sempre quando o adversário é o Flamengo a gente sabe que a chance de haver pênaltis é grande - brincou o goleiro da Seleção Brasileira. Por Gustavo Rotstein e Richard Souza Rio de Janeiro

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